quarta-feira, 15 de agosto de 2012



ESPELHO DA VIDA

"Quando olho o teu rosto
vejo o espelho da vida que juntos vivemos.
Tuas rugas
Não são sinais de velhice !
São cópias
de tuas emoções mais profundas,
justamente aquelas
que tentastes fugir, esquecer,
ocultar daqueles que as provocaram !
Entre os teus olhos,
eu as vejo claramente:
são tuas indignações,
tuas frustações,
pois,
embora tenhas tentado muito,
não consiguistes ser tudo aquelo que querias,
ou,
não ser aquilo que não querias ser !
Em tua testa
estão bem marcadas,
as preocupações, as ansiedades,
o medo, tão teu,
de não dar conta do recado.
Ah!
Finalmente!
As alegrias!
A tua gargalhada solta,
as piadas contadas ao nosso lado
na hora da janta,
o teu prazer ao lado dos amigos !
Sim,
Meu paizinho querido,
estão nos teus olhos e ao redor de tua boca ...
esta mesma boca,
que nunca se faz de rogada para me beijar
quando chego,
enquanto estou,
quando saio !
Que adora me provocar e xingar !
O teu semblante no total, prá mim, é claro e límpido,
porque está marcado !
Com as marcas da tua rudeza, da tua teimosia, do teu jeito
de homem honesto !
Com as marcas que a vida te deu, por teres cumprido tão
humanamente, a missão de me amar e ser meu pai ! "

(Fpolis, 1988)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Só para constar !

Mas o meu humor está mesmo é para isto:

BOA QUARTA FEIRA A TODOS!

domingo, 13 de maio de 2012

SALVE 13 DE MAIO!



   Aproveitando a oportunidade da comemoração deste dia tão importante, "sob certos aspectos", para esta raça maravilhosa, que construiu o nosso país "também", faço algumas colocações, sobre esta linhagem vibratória que atende pelo nome PRETOS E PRETAS VELHAS  ou YORIMÁ!
Como qualquer pessoa de outra religião, eu tinha muitos preconceitos com relação a eles, que aos poucos, foram sendo eliminados, digo, "pulverizados" mesmo, pelo contato estreito com estas entidades, os pretos velhos.
   Dos tantos conselhos que ouvi, o que mais me marcou, e que tem demonstrado ao longo da minha curta existência, uma profunda verdade, foi: NINGUÉM TEM O DIREITO DE MAGOAR UM IRMÃO, mesmo que seja para dizer a VERDADE.
   Naquela época, eu então contava 29 anos, e me achava proprietária da verdade. Quanta ilusão! Fui "tomar um passe" e contei ao preto velho, Zé Pelintra, uma discussão que havia participado no ambiente de trabalho. E, cheia de razão, quando acabei o meu relato ele disse: Filha, tu não devias ter dito palavras tão duras para este teu irmão. O tempo vai te mostrar o quanto estás errada.Um dia, tu vais precisar muito dele e ele não vai te ajudar!
- Mas seu Zé, eu tinha razão ao falar assim!
-Filha, NINGUÉM TEM O DIREITO DE MAGOAR UM IRMÃO, mesmo que seja para dizer a VERDADE.
   E mais tarde, bem mais tarde,  EU PRECISEI, e como precisei!
   A nossa cultura, ao contrário de outras, milenares, não respeita o velho. Quem envelhece, é considerado resto, estorvo, não podemos cuidá-los porque precisamos ganhar dinheiro, não queremos nem ouvi-los! Se forem  Pretos, então, nem pensar! Por isto, talvez, tanto preconceito com esta falange maravilhosa.
Mas, como foi muito bem colocado por Alexandre Cumino, nem todos são velhos, nem pretos, nem foram escravos!
   Aliás, vamos ser realistas, nada de romântico aconteceu durante a escravidão! Nem todos os espíritos que viveram naqueles "séculos", desencarnaram "bonzinhos". Muitos deles vagaram muito no astral, até conseguirem entender e aceitar o sofrimento que passaram nas mãos dos seus captores, dos senhores, dos padres, porque a Igreja  autorizava este tratamento desumano, dizendo que negros eram seres sem alma, enfim, de toda a sociedade escravocrata de então.
   Por isto, nesta mesma faixa vibratória, trabalharam e ainda trabalham, muitos seres de luz, magos poderosos, médicos, enfim, preto velho é apenas a designação da sua  roupagem fluídica quando trabalham a serviço da LUZ. Não é exclusividade dos espíritos que foram negros. Já houve pretos e pretas velhas que relataram sua última encarnação como senhores de escravos, por exemplo.
Segundo a obra O Guardião dos Sete Portais, do escritor Rubens Saraceni, a linhagem de Yorimá (pretos velhos), participou da elaboração e criação, no astral, da nova religião Umbanda.
   Então, podemos perceber o quanto estávamos enganados, iludidos por nosso preconceito, com relação a esta maravilhosa falange, que nos protege, aconselha, acalenta e esclarece, sobre as verdades da vida, que eles tanto conhecem, seja por seu profundo conhecimento das verdades cósmicas, seja por todo o sofrimento que vivenciaram na escravidão.



Adorei as Almas!!!
Preto-velho na Cultura Brasileira e na Umbanda
Por Alexandre Cumino

Pai Antonio foi o primeiro preto-velho a se manifestar na Religião de Um­banda em seu médium Zélio Fer­nandino de Morais onde se esta­be­leceu a Tenda Nossa Senhora da Pie­dade. Assim, ele abriu esta “linha” pa­ra nossa religião, introduzindo o uso do cachimbo, guias e o culto aos Orixás.
O “Preto-velho” está ligado à cul­tura religiosa Afro Brasileira em geral e à Umbanda de forma especí­fica, pois den­tro da Religião Umban­dista este termo identifica um dos elementos for­madores de sua litur­gia, representa uma “linha de tra­balho”, uma “falange de espíritos”, to­do um grupo de mentores espi­ri­tuais que se apresentam como ne­gros anciões, ex-escravos, conhe­ce­­dores dos Orixás Africanos.
São trabalhadores da espiritua­lidade, com características próprias e cole­tivas, que valorizam o grupo em detri­mento do ego pessoal, ou seja, são simplesmente pretos e pretas velhas com Pai João e Vó Maria, por exem­plo.
Milha­res de Pais João e de Avós Maria, o que mostra um trabalho desper­sonalizado do elemento indivi­dual valorizando o elemento coletivo identificado pelo ter­mo genérico “preto-velho”. Muitos até dizem “nem tão preto e nem tão velho” ainda assim “preto velho fulano de tal”.  A falta de informa­ção é a mãe do precon­ceito, e, no caso do “preto-ve­lho”, muitos que são leigos da cultura religiosa Umbandista ou de origem africana desconhecem  valor do “preto-velho” dentro das mes­mas.
Preto é Cor e Ne­gro é Raça, logo o ter­mo “preto-velho” tor­na-se caracte­rís­tico e com sentido ape­nas dentro de um con­texto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irres­trito seria “Negro Vel­ho”, “Negro An­cião” ou ainda “Ne­gro de idade avan­çada” para iden­ti­fi­car o ho­mem da ra­ça ne­gra que encon­tra-se já na “terceira idade” (a melhor ida­de). Por conta disso alguns sentem-se des­con­for­táveis em utilizar um ter­mo que à primeira vista pode parecer des­respei­toso ao citar um amável senhor negro, já com suas madeixas bran­cas, cachimbo e sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofri­do, que na humildade da subju­gação forçada e escrava encontrou a liberdade do espí­rito sobre a alma, através da sabedoria vinda da Mãe África, na figura de nossos Orixás, vindo de encontro à imagem e resignação de nosso senhor Jesus Cristo.
Alguns preferem chamá-los ape­nas de “Pais Velhos” o que é bonito ao ressaltar a paternidade, mas ao mesmo tempo oculta a raça que no caso é motivo de orgulho. São eles que sou­be­ram passar por uma vida de escravidão com honra e nobreza de caráter, mais um motivo de or­gulho em se auto-afirmar “nêgo véio” e ex-escravo; talvez as­sim se man­tenham para que nunca nos esque­çamos que em qualquer situa­ção temos ainda opor­tunidade de evo­luir. Quanto mais adver­sa maior a oportu­nidade de dar o testemunho de nos­sa fé.
O “preto-ve­lho” é um ícone da Umban­da, resu­min­do em si boa parte da filosofia um­ban­dista. Assim, os es­pí­ritos desen­car­­nados de ex-es­cravos se iden­ti­fi­cam e muitos ou­tros que não foram escra­vos, nesta con­dição, as­sim se apre­sentam tam­bém em home­nagem a eles, por tê-los como Mes­tres no astral.
No imaginário po­pular, por falta de informação ou por má fé de al­guns formadores de opinião, a ima­gem do “preto-velho” pode estar asso­ciada por alguns a uma visão preconceituosa, há ainda os que se assustam “com estas coisas” pois não sabem que a Um­banda é uma religião e como tal tem a única proposta de nos religar a Deus, mani­festando o espírito para a caridade e de­senvol­vendo o senti­mento de amor ao pró­ximo.  Não existe uma Umbanda “boa” e uma Umbanda “ruim”, existe sim única e exclusi­vamente uma única Umbanda que faz o bem, caso con­trário não é Umbanda e assim é com os “Preto-velhos”, todos fazem o bem sem olhar a quem, caso con­trário não é de fato um “preto-velho”, pode ser alguém disfarçado de “velho-negro”, o “preto velho” tra­balha única e exclusivamente para a caridade es­piritual.
São espíritos que se apresentam des­ta forma e que sabem que em essência não temos raça nem cor, a cada encarnação, temos uma expe­riên­cia diferente. Os pretos velhos trazem consigo o “mistério ancião”, pois não bas­ta ter a forma de um velho, antes, precisam ser espíritos amadurecidos e reconhecidos como irmãos mais velhos na senda evo­lutiva.
Quanto menos valor se dá a for­ma, mais valor se dá à mensagem, e “preto-velho” fala devagar, bem bai­xinho; quando assim se pronun­cia, to­dos se aquietam para ouví-lo, parece-nos ouvir na língua Yorubá a pa­la­vra “Atotô”, saudação a Oba­luayê que quer dizer exatamente isso: “silêncio”.
Nas culturas antigas o “velho” era sempre respeitado e ouvido co­mo fonte viva do conhecimento an­ces­tral. Hoje ainda vemos este cos­tume nas culturas indígenas e ciga­nas. Algumas tradições religiosas man­têm esta postura frente o sacer­dote mais velho, trata-se de uma he­rança cultural religiosa tão antiga quan­to nossa memória ou nossa his­tória pode ir buscar, tão antigos também são alguns dos pretos velhos que se manifestam na Umbanda.
Muitos já estão fora do ciclo reen­carnacionista, estão libertos do karma, já desvendaram o manto da ilu­são da car­ne que nos cobre com paixões e ape­gos que inexora­vel­mente ficarão para trás no caminho evolutivo. 
Por tudo isso e muito mais, no dia 13 de Maio, dia da libertação dos es­cravos eu os saúdo: “Salve os Pre­tos Velhos! Sal­ve as Pretas Velhas! Adorei as Almas! Sal­ve nosso Amado Pai Obaluayê, Atotô meu Pai! Salve nossa Amada Mãe Nanã Buroquê, Saluba Nana!”
Usamos para eles velas brancas ou bicolores, metade preta e metade bran­ca, tomam café e fumam cachimbo.


-- 
"Umbanda é Linda;
Umbanda é Tudo de Bom;
Umbanda é Religião,
Portanto Só Pode Praticar o BEM!!!"
Alexandre Cumino

quinta-feira, 19 de abril de 2012

SOBRE O DIA DO ÍNDIO



Vendo tantas postagens sobre este tema, resolvi dar um pitaco também!
Dia do índio, é dia de todos nós!
Atualmente, somos uma mistura de raças tão grande e tantas foram as tribos extintas,em tantos países, tantos povos imigraram para cá, que fica difícil distinguir raças, a esta altura do campeonato!
Algumas pessoas me olham e vêem um índio, ou índia!
Outras, me dizem que sou cigana!
Também há quem me chame de turca, por causa do nariz....
Na minha casa, só eu tenho (tinha...) cabelos escorridos!
Meus irmãos e irmãs, sobrinhos, têm cabelos crespos.... alguns, BEM crespos!
Então, me dêem parabéns, porque também sou índia e, no dia 13 de maio, me felicitem pela abolição da escravatura!
Amigos, creio que, no Brasil, somente as regiões que foram povoados por imigrantes alemães
ou italianos, onde primos se casavam entre si, que se pode falar em raças.... e olhe lá!

quinta-feira, 8 de março de 2012



MULHERES


Conheci mulheres de todas as cores
De várias idades, de muitos amores!
Ao lado de algumas eu apenas nasci,
Perto de outras, eu brinquei e vivi.
Com algumas delas, certo tempo estudei
Mesmo assim eu nunca as esquecerei!
Para algumas delas quase tudo eu contei,
De outras, por medo, quase tudo escondi!
E só para uma delas o meu ser eu despi.
Já convivi com mulheres
Que se faziam de atrevidas
Outras, mesmo acanhadas, eram muito vividas!
Tantas mulheres o destino pegou numa cruel emboscada,
Outras, jamais conseguiram tomar um atalho e seguir outra estrada.
Algumas foram consideradas donzelas,
Outras, por motivos tolos, foram chamadas de meretriz!
Mulheres cabeça e desequilibradas,
Tanto potencial perdido por uma única escolha equivocada.
Mulheres confusas, que nunca souberam distinguir
Se queriam a guerra ou a paz.
Mas todas elas me ajudaram a saber do que era capaz!
Procurei, em todas estas mulheres a felicidade!
Encontrei o aconchego, a paz e a cumplicidade de uma amizade!
E quando as perdi...
Quando por qualquer motivo ficaram afastadas de mim
Eu fiquei e fico numa imensa saudade que nunca tem fim!
Mulheres,
Vocês são e foram o sol da minha vida, a minha vontade.
Vocês não foram mentiras,
E cada uma, com sua vida, me ensinou grandes  e inesquecíveis verdades!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE O "EU"

Como diria Vinicius....
"As vezes yo no se lo e me passa....

De Penelope Charmosa eu me sinto um tanto quanto 

E o que dizer então, quando preciso da minha cabecinha em ordem , eu começo a gaguejar:
Blá, Blá Blá.... lembrando o

Isto tudo é para contar,que hoje e ainda por alguns dias, estarei um tanto quanto TIÃO GAVIÃO, porque tranquei e quebrei o meu anular esquerdo na porta desta MERIVA ASSASSINA!
boa noite!.... ou quase bom dia!


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

SOBRE O BIG BROTHER BRASIL


Não assisto a esta coisa que chamam de programa. Nunca assisti.
Mas, não tem como não ficar sabendo do que acontece, porque mesmo quem só assiste o Jornal Nacional,
descobre, porque eles entopem nossos ouvidos de qualquer jeito .
Fiquei lembrando dos anos 70, quando a Vera Fischer e outras "atrizes" faziam as pornochanchadas!
E de como ficávamos vermelhas, diante de nossos pais, com os "beijos" nas novelas.
Gente! Que baixaria!
Eu pensei que já tinha visto de tudo!
Desculpem os que gostam do BBB!
Ainda bem que existe gosto para tudo neste mundo!