terça-feira, 31 de maio de 2011

RAZÕES



É bom ter cuidado com as razões!
O mundo gira e
 ás vezes, 
elas no deixam sem saída!

SÓ PARA COMEÇAR O DIA SORRINDO








BOM DIA DONA COMADRE




   Acordei cedo, para dar comida prás galinhas, varrer o terreiro e estender a roupa no varal.
   Agora estou com fome, estão todos dormindo ainda, posso passar aí para tomarmos um cafézinho com aquele bolinho, aquele, que me levastes um pedaço ontem? Está tão gostoso, não faz mal que seja dormido.
   Ah! Aprendi uma receita maravilhosa, de torradas feitas com bolo dormido, aproveito e te ensino, tá bom?
   Só vou tirar o chinelo velho, de andar no quintal e já,já, passo por aí!
   O compadre já saiu prá lida?
   É que tenho uns assuntos prá te falar, coisas de mulher, já viu né?

terça-feira, 24 de maio de 2011

VIVER O HOJE



Hoje plantei amores perfeitos e um pé de rosas brancas, daquelas pequeninas, tão suave o perfume!
Ah! E um pé de cana limão, para o chazinho com hortelã, no inverno, que agora é tão curtinho aqui no Brasil.
Hoje foi um bom dia, porque esquecemos de tudo e simplesmente saimos, sem rumo.
Agora, estou de volta, mais tranquila, tentando não pensar no que será, vivendo apenas o que o hoje me permite.
Bjos de boa noite a todos!

BOM DIA




Sabedoria 150

Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha,
porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho,
mas não vai sozinho, nem nos deixam sós.
Levam um pouco de nós mesmos e
nos deixam um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que levam quase nada.
Há os que deixam muito,
mas há os que deixam quase nada.
Esta é a mais bela responsabilidade de nossa vida,
a prova verdadeira de que ninguém passa em vão,
que cada um é importante e que ninguém
se aproxima do outro por acaso” ·
Antoine de Saint-Exupéry.

Em homenagem a nossa querida colega Renata Farias, que mal tivemos tempo de conhecer. Só nos resta suplicar para ela, a proteção divina e que Nossa Mãe, Maria Santíssima, a cubra com seu manto de luz e encaminhe o desenrolar dos acontecimentos, confortando os seus familiares e amigos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

BOM DIA


Uma mulher acordou uma manhã após a quimioterapia, olhou no espelho e percebeu  que tinha somente três fios de cabelo na cabeça.
- Bom (ela disse), acho que vou trançar meus cabelos hoje.
Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça..
- Hummm (ela disse), acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje.
Assim ela fez e teve um dia magnífico.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.
- Bem (ela disse), hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo.
Assim ela fez e teve um dia divertido.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.
- Yeeesss... (ela exclamou), hoje não tenho que pentear meu cabelo.
ATITUDE É TUDO!
Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.
Viva com simplicidade.
Ame generosamente.
Cuide-se intensamente.
Fale com gentileza.
E, principalmente, não reclame.
Se preocupe em agradecer pelo que você é, e por tudo o que tem!
E deixe o restante com Deus.
 



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terça-feira, 17 de maio de 2011

PARTIDA E CHEGADA - HOMENAGEM AOS ENTES QUERIDOS



Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: - "Já se foi".Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós.
Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo.
E talvez, no exato instante em que alguém diz:
- "Já se foi", haverá outras vozes, mais além, a afirmar:
- "Lá vem o veleiro".
Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos:
- "Já se foi". Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente.
Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo.
Sua capacidade mental não se perdeu.
Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.
Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.
Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.
E é assim que, no mesmo instante em que dizemos:
- "Já se foi", no mais além, outro alguém dirá feliz:
- "Já esta chegando". Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.
A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos. Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.
A vida é feita de partidas e chegadas.
De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.
Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo fisico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós.
Partida e Chegada - Poema de Vitor Hugo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

NOTA DE FALECIMENTO


Mais um veleiro que inesperadamente deixa o porto da nossa convivência.
Para nós, que ficaremos deste lado da vida, restará a saudade de sua alegre presença!
Para os que estão do outro lado, a alegria enorme do reencontro!
Até breve, Robson!
Vá em paz! Fique na luz do amor infinito de Deus!

Bom Dia


Sabedoria 146

“Religião pode significar ir à igreja,
desejar ir para o céu,
deixar para Deus resolver.
Mas também pode querer dizer:
ensinar o que é básico,
pensar positivamente,
ser melhor a cada instante.”
Tania Fenocchio

domingo, 15 de maio de 2011

PARA COMEÇAR A SEMANA





"Você não é um ser humano que está passando por uma experiência espiritual. Você é um ser espiritual que está vivenciando uma experiência humana."   Wayne W. Dyer


Boa Semana a todos!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

MULHERES

    Não sou poeta, como Martinho da Vila e Chico, mas também posso falar que tive mulheres muito importantes na minha vida. De algumas tenho saudades que ainda desconheço, de outras, trago uma saudade pesarosa, e outras tantas, eu admiro por sua obra e significado, por sua luta desigual e insana, por sua força e fragilidade.
     Tenho saudades das minhas avós, que nunca pude conhecer. A materna, dizem, era pessoa muito pobre e, tal como a minha mãe, deixou este mundo cedo demais. É só o que sei dela. A paterna, ao saber da traição do marido, morreu de parto, jovem ainda. No desespero, meu avô deu a criança, um menino, em adoção e nunca mais se soube dele.
     Meu pai contava de suas lembranças, dela sentada no chão, ao lado de meu avô, aprendendo com ele as artes da costura. Sempre que ouvia esta história, que ele não se cansava de repetir, imaginava uma moça morena, cabelos compridos e levemente ondulados, muito meiga e carinhosa, suavemente atenta ao que o marido lhe ensinava.
     Mais tarde, bem mais tarde, vim a conviver com uma avó! A mãe de meu esposo.

    Ao ver o seu desvelo com os netos (quatro meninas e um menino), seu carinho, a felicidade com que cuidava deles passei a acreditar que minhas avós deveriam ter sido assim também, pois toda avó é sempre um pouco babona mesmo!A partir de então, passei a amá-las profundamente, a sentir-me neta, e pensar que da mesma forma sou amada por elas, onde quer que estejam.
     Parece uma sina, pois da minha mãe de barriga, pouco ou quase nada conheço. Sei que era daquelas mães que os filhos vão dobrando, dobrando, até o ponto em que ela se incanzinava e ai era um salve-se quem puder! Nas poucas fotos de família, vê-se uma garota muito bem sentada, delicada e séria. Não se tem dela um sorriso sequer, somente uma ruga de preocupação, marcando a testa ainda tão jovem. Dela tenho saudades estranhas. Dos carinhos que talvez tenha recebido e não recordo, das lições que dela não recebi, sobre suas experiências de uma vida tão brevemente encerrada. Morreu aos 40 anos, deixando-me ainda bebê.


     As mulheres mais importantes foram minha madrasta e minhas 3 irmãs. Das irmãs recebi o exemplo de cantar em coral, de me enfeitar para o carnaval, do prazer da leitura, das conversas inteligentes e de dançar muito, sempre. Lembro-me que adorava vê-las sentadas na penteadeira, passando laquê, penteando-se, esperando o namorado às escondidas do meu pai. Delas, eu recebi também, o exemplo de nunca me curvar à prepotência e à violência. De enfrentar a autoridade, da coragem de “responder” a alguém injusto, mesmo sabendo que o resultado seria um castigo físico.

     Minha madrasta me criou desde os 02 anos de idade. Desta mulher recebi o exemplo de força, coragem e inflexibilidade, mas nunca soube que ela havia sido dona de uma empresa, nunca contou dos seus sonhos, desconfiava das tristezas, mas ela parecia tão forte, sempre tão brava, nunca se abria. Sempre fiquei dividida em vê-la como minha mãe e madrasta, mas independente a isso, amava-a profundamente.
  
     Falando sobre mulheres, lembro das amigas. Aprendi os trejeitos e os jeitos de ser mulher em casa. Mas a viver e sobreviver em sociedade, eu aprendi com elas..


     Foi ao lado da Regina e Néia, que atravessei a infância, adolescência e juventude. Como era bom passarmos as tardes brincando, “imaginando” brincadeiras, porque brinquedo quase não se tinha. Foi com Neia que aprendi a andar de bicicleta, já adolescente e aprendi também, mesmo sem o saber, que uma amizade torna tudo o que é bom e belo, melhor ainda, e o que é triste, bem mais fácil de suportar.


     Com a Regina aprendi a exercer a religiosidade que já possuía, sem a interferência dos padres, freiras, catequistas, etc, embora sua presença estivesse subentendida entre nós, pois que nas nossas brincadeiras de missa, o padre era simplesmente ela! E o fazia com autoridade máxima! Estas missas nunca acabavam bem, embora sérias, porque eu simplesmente de uma hora para outra, dizia alguma palavra menos adequada e o “padre” libertava sua ira sobre minha pobre cabeça. Até hoje tenho medo que as ameaças dela se concretizem!


     Paralelamente a vida escolar, que foi um período de muitas descobertas, nós adentramos na vida amorosa juntas, maravilhadas, encantadas com as imensas possibilidades que se descortinavam aos nossos olhos. Ao seu lado fiz minhas descobertas, com seus conselhos tomei minhas decisões.
    Conheci a Nádia, quando participei como daminha na Festa do Espírito Santo. Um corte de tecido rosa, que quase não deu para um vestido, a sandália da minha mãe que não serviu e deixou o meu dedão de fora, um cadarço de tênis preto e algumas chaves velhas, foram o arremedo de um colar, mas tudo era festa, porque a Nádia era a animação em pessoa.


      Diante do exemplo da Jacque, que quando conhecemos já escrevia poesias, foi muito simples, de simples questionários, passarmos a desenhar no papel os nossos sentimentos, dúvidas, sonhos e inúmeras decepções. Ao contrário da Regina e dela, de tempos em tempos eu conseguia rimar alguma coisa, mas no geral, escrever poesias foi só uma maravilhosa terapia e um grande sossego para os meus pais e familiares. Ao todo foram 14 cadernos de poesia, que havia intitulado Memórias de uma Adolescente.
     Findo o período escolar, começamos nossa vida profissional e outras amigas vieram, mas, ficou a amizade e a recordação deste tempo maravilhoso que passei ao lado delas. Cumprido o pacto de batizar os primeiros filhos uma da outra, Jacque hoje é, além de grande amiga, minha comadre.


     Graças a internet pude reatar as conversas com ela, Zuleida e Regina.


 Voltei, após longos e inexplicáveis anos, a conversar com minha querida amiga Neinha e Nádia, junto com sua irmã Nadine, conseguiu me tirar da tristeza que sobreveio as perdas que havia sofrido em 2004. 

  Sempre que vou a Laguna, revejo aquele jardim e relembro de todas elas, inclusive das que não mencionei aqui, de sua amizade e grande importância, em cada uma das fases pelas quais passei, ou em todas ao mesmo tempo. 


Querendo falar tanto, vejo que escrevi tão pouco, do tudo que estas belas mulheres representam e representaram na minha vida. Elas mereceram e merecem, muito mais do que cem rosas.


domingo, 1 de maio de 2011

UM PROFESSOR NA LUA


O ano de 1976 foi caprichado em termos de altos e baixos, emocionais e físicos. Nas primeiras semanas de fevereiro tive uma desidratação de último grau, seguida de pneumonia. O ambiente familiar, tenso demais, não ajudava muito na recuperação do meu equilíbrio.
Aquele foi o primeiro ano do Científico, fato que era cercado por uma aura de “responsabilidade”, que no Ginásio não acontecia, tudo era mais leve, mais brincadeira ainda. Em companhia da Regina, fui matriculada no 1º Científico B.
Nesta época, ainda não havia começado a “sanha” de passar no vestibular, mas o conteúdo das matérias ministrado assustava.
A estrutura familiar de então não cobrava desempenho “estupendo” de uma garota  de 16 anos. Aliás mulher ainda era feita para casar e ter filhos, não para trabalhar fora.
Aliado a esta idéia, eu ainda tinha que lidar com um emocional constantemente abalado, que minava as gotas de auto-estima que eu possuía, todos estes fatores impediam que me concentrasse nos estudos e as aulas me pareciam um grande blá-blá-blá!
O professor de Biologia, como todos, impunha respeito na base do medo. Todos os alunos o temiam e eu também. Contudo, aos poucos, a didática que ele empregava foi me fascinando porque ele se utilizava de desenhos no quadro negro, para explicar a matéria do dia. Ele não se utilizava de cadernos, passava a aula falando e desenhando, prendendo minha atenção, porque aquilo ali era lógico, era quase palpável, era “de verdade”. Aos poucos, fui esquecendo o medo e viajei (viajamos todos) com ele, pelo fascinante mundo da Biologia, assunto que até hoje me atrai.
Porém, nem tudo eram flores e o dia da primeira prova chegou. Estudei, como todos, temerosa, diante de tanto conteúdo a ser gravado em minha pobre e confusa mente, de tantos detalhes a lembrar. O clima de terror era quase escatológico!
O dia da entrega das notas chegou!
Para mim, boas alunas e inteligentes eram a Regina, a Jacque, a Beth Effiting, enfim, todas, menos eu.  Nunca tive consciência da minha capacidade. Acreditava ser aluna “meia-boca”, qualquer coisa, tudo, menos tão inteligente quanto elas, ou que alguém me visse assim!
-Rita de Oliveira Medeiros
Duas varas de bambu no lugar de pernas, lá fui eu pegar a prova. Quase desfaleci: 5,00. Mas o pior ainda estava por vir. Quando me entregou a prova, o professor desconhecido segurou-a momentaneamente, fuzilou-me com os olhos e disse a frase que mudaria meu comportamento quanto aos estudos e minha visão sobre mim mesma:
- Eu esperava muito mais de ti!
Varas de bambu agora transformadas em cinza, junto com o meu corpo e um cérebro latejando, tudo foi despejado num carrinho de mão e depositado na carteira!
-Não é a toa o apelido, pensei!
Quase não se andava de ônibus, nesta época! Nós fazíamos o percurso do Ceal até o Magalhães, onde morávamos, a pé, Regina e eu! Não lembro se comentei com ela, mas a frase dele, assim como o seu olhar decepcionado me assombraram durante todo o caminho.
-Alguém acredita em mim? Como pode ser isto? Então eu poderia entrar naquele clube seleto dos melhores alunos? Alguém presta atenção ao que sou? Alguém se importa?
Verdade que sempre fui, e sou até hoje, participativa. Acho que enchia o pobre professor de perguntas, mas isto era só porque o conteúdo e a forma como era transmitido me fascinavam e me retiravam do limbo emocional que eu vivia.
A partir daquele dia, incentivada por uma frase que ele nem mesmo se recorda, “eu vivi” a excelente aluna que era, estudei com afinco e, caso não me falhE a memória, foi o ano do Científico que obtive o melhor desempenho.
Situações adversas aconteceram depois, nem obtive tanto sucesso profissional assim, ainda não continuo não acreditando muito em mim.
Contudo, na vida, passei por muitos outros tipos de “provas”, não só as escolares e aquela frase continua a me encorajar  e a me lembrar que posso ser capaz de muito mais do que penso.
Esta foi uma lição que ele não pensou em dar, que não desenhou no quadro, mas que ficou marcada para sempre em mim. Um empurrão que me mostrou quem eu poderia ser se quisesse, e que hoje, no momento em que vivo, quando tudo o que me animava a lutar parecer estar se desvanecendo, perdendo a motivação, ainda me vem à mente aquele olhar, que talvez venha do Mestre maior, se servindo dele para me dizer:
-Eu espero muito mais de ti!