sexta-feira, 22 de novembro de 2019





AOS 59 ANOS

Depois de passar dos 59 anos, é preciso esclarecer alguns pontos fundamentais:
1- Ando devagar, não porque não tenha pressa, ainda tenho e muita, só não tenho mais é dois pulmões inteiros, e isto me obriga a ter muita CALMA!
2- Levo este sorriso, não porque já tenha chorado demais! Eu gosto de chorar! Desabafa, me faz um bem danado. Para o corpo e para alma.
É que agora, eu entendo tantas coisas, que fico rindo de mim mesma, por tantas angústias e preocupações inúteis!
Ah! Como eu arrumei motivos para sofrer!
3- Hoje, realmente, me sinto mais forte! Beeem mais forte!
Tenho feito pilates, 2 vezes por semana e fisioterapia respiratória, que inclui 30 min de bicicleta ergométrica.
Não existe remédio que te livre da depressão, se você não colocar o corpo em ação véio!!Te liga!
4- Sim! Eu tenho ABSOLUTA certeza do quão pouco eu sei! Que nada sei também já é demais!
Eu sei DE MIM, dos meus limites, das minhas tolices e idiotices!
Mas sei também, que sou produto de UM ATO DE AMOR! E o reconhecimento deste FATO, tem me trazido de volta prá casinha bem rápido!
5- O sabor das massas e das maçãs eu já nem penso tanto em sentir, porque o metabolismo está em baixa nesta idade, mas as manhãs, ah sim!!!
Quero sentir e muito! O vento mexendo com as árvores, os pássaros cantando (sim, tem vários no meu quintal ainda).
6- Eu concordo agora em seguir a vida e não sou mais tão petulante tentando fazer o contrário!
Apenas SIGO VIVENDO! Isto já é por si só, UM MILAGRE!
Mas, não perco mais tempo, tentando compreender a marcha, eu VOU TOCANDO EM FRENTE, porque assim eu componho a minha história, que só quem convive ou conviveu comigo sabe.
Pena, que somente agora, aos 54 anos, eu tenha descoberto que também mora em mim, o dom de ser feliz!!!
Escrevi estas bobagens, lembrando-me da música que ouvi ontem, no programa de domingo à noite que, FANTASTICAMENTE, fez uma linda reportagem com o Almir Satter!
Obrigada aos companheiros desta jornada! Aos que estão nela bem antes e me conheceram antes que eu os tenha conhecido. Aos que foram chegando aos poucos, bem de mansinho e ficaram. Aos que chegaram e já partiram.
Enfim: Obrigada à vida, porque ela sempre me serviu um cardápio variado! CONVENHAMOS: De tédio eu nunca sofri!