sábado, 18 de junho de 2011

NO TÚNEL DO TEMPO



Sim, declaro meu amor por telefone.
Baby não se engane, a ficha é oficial.
Ela me diz que sim, ao som da vida sossegada....
É como se falássemos de uma gata parda
Estourando em profusão de carretel:
Amarelinha, meio-fio da pedalada.
E que risada mais gostosa, de sua boca vem
Unhas compridas de riscar em serpentina
As costas, baias e rios
Pelos fios teia incendiando-se em mim.
Mas porque falar somente em fogo
Se o banho às águas será fatal.
Haja sorte, vento, ar nordeste sul ou temporal.
Parece que o repouso após ao fone
Calada, a  beira mar, e da manhã
Desafia a termo o que é comum
Contudo, o espanto principia o ato
E já não se tem mais remédio à esta cor
O medo, vara a galope por outros caminhos
Atrás de outro otário para se fazer senhor
Mas, talvez ligando em intelsat/mente
Planetas, pernas, vértices profanos
Outro rosto se aprume ao seu
Sem especificidade de causa
Que barato, esta minha declaração de amor...

José Waldir de Oliveira
Palhoça, 15/05/1989

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