quinta-feira, 2 de junho de 2011

SE HÁ AMOR, NÃO HÁ APEGO


O apego, a qualquer coisa que seja, demonstra desconfiança.
Se você ama uma mulher ou um homem e se apega, isso só mostra que não confia.
Se você ama uma mulher e pergunta:

"Amanhã você ainda me amará ou não?",

é porque não confia.
Se você vai ao cartório para se casar, é porque não confia.
Confia mais no cartório, na polícia, na lei do que no amor.
Se essa mulher ou esse homem tentar enganá-lo amanhã, ou deixá-lo na mão,
você poderá obter apoio da justiça ou da polícia, e a lei estará do seu lado, e toda a sociedade o apoiará.
Você está tomando providências porque tem medo.
Mas, se ama de verdade, o amor basta, é mais que suficiente.
Quem liga para o amanhã? Mas, no fundo, há dúvida.
Mesmo quando você acha que está apaixonado, a dúvida continua.


Dizem que, quando Jesus ressuscitou após a crucificação,
 primeira pessoa que o viu vivo foi Maria Madalena.
Ela o amava imensamente. Correu em direção a ele.
 Novo Testamento narra que Jesus disse: "Não me toque".
Tenho minhas desconfianças de que ele realmente tenha dito isso.
Não parece certo. Alguma coisa está errada aí.
Claro que o papa pode dizer:
"Não me toque", mas Jesus... é quase impossível.
Por isso , tentei pesquisar o original.
No texto original em grego, a palavra pode significar tocar ou apegar-se.
Encontrei a chave. Jesus disse:
"Não se apegue a mim", mas os tradutores interpretaram como "Não me toque".
O intérprete usou a própria mente para a tradução.
Jesus deve ter dito "Não se apegue a mim", porque, se existe confiança, não há apego;
se há amor, não há apego.
Você simplesmente partilha, sem se apegar; partilha em profundo relaxamento.

Autor: Osho, em "A Música Mais Antiga do Universo

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